Quando a Microsoft anunciou o Windows 11, o foco parecia claro: estética renovada, melhor desempenho e integração mais fluida com ferramentas modernas. Mas, por trás dessa camada de beleza, esconde-se um movimento estratégico que está afetando profundamente o ecossistema de desenvolvimento de aplicativos — especialmente no Brasil.
A mudança não foi só visual. Com recursos como o WSA (Windows Subsystem for Android) é uma loja de aplicativos mais aberta, o novo sistema se tornou uma espécie de “hub híbrido”, fundindo o desktop tradicional com o universo mobile. E os desenvolvedores brasileiros? Estão correndo para acompanhar essa nova maratona digital.
Democratização do desenvolvimento: mais acesso, mais diversidade
Imagine um estudante em Recife criando um app Android e testando tudo no próprio notebook, sem precisar de um emulador complexo. Com o WSA no Windows 11, isso é realidade. Segundo dados da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o número de novos desenvolvedores ativos no país cresceu 27% desde o lançamento do Windows 11 em 2021.
Digamos que muitos aplicativos da Microsoft estejam usando formatos como os famosos PWA (Progressive Web Apps) e aplicativos para Android, que podem ser usados para baixar aplicativos considerados marginais. No entanto, muitos usuários ainda são forçados a baixar aplicativos de VPN para PC e smartphones para acessar aplicativos de regiões específicas. De fato, os aplicativos de VPN se tornaram uma janela para o mundo do uso gratuito de aplicativos. Hoje, cerca de 40% dos usuários online procuram uma mejor VPN para iPhone ou outros dispositivos. A propósito, a VeePN é frequentemente usada para essa função. A Agora, com menos barreiras, exige que os designers de interiores nos obriguem a publicar ainda mais esses aplicativos com grandes empresas e também a atrair mais usuários de outras regiões.
Integração com ferramentas modernas: a produtividade agradece
Você já viu um desenvolvedor feliz com a ferramenta certa? O Visual Studio, já popular entre programadores brasileiros, ganhou integração ainda mais poderosa com o Windows 11. Snap Layouts, múltiplas áreas de trabalho, Terminal com suporte a abas e melhor desempenho em dispositivos ARM — tudo isso acelera o fluxo de trabalho.
Sem contar o Dev Home, um recurso exclusivo do Windows 11 focado em centralizar projetos, repositórios, conexões GitHub e monitoramento de performance. A produtividade ganha músculos, e o tempo de desenvolvimento encolhe. Um levantamento informal feito pelo portal Canaltech mostrou que 6 em cada 10 desenvolvedores brasileiros relataram melhoria no ritmo de entrega após migrar para o novo sistema.
Windows + Android: fronteiras se diluem
Antes era assim: ou você fazia app desktop, ou fazia app Android. E alguns tiveram que criar uma dezena de aplicativos para diferentes dispositivos, como o VeePN, que tem VPN grátis para navegadores, add-on para roteador, aplicativos para PC, TV, smartphone, etc. Embora ainda seja necessário um ecossistema inteiro, o Android e o Windows estão se aproximando. Com o subsistema Android, os testes ficaram mais práticos e realistas, permitindo a integração nativa de funcionalidades. É possível, por exemplo, rodar um aplicativo Android com acesso aos sensores do PC, como microfone e localização.
Essa novidade gerou uma febre de aplicativos híbridos no Brasil, especialmente em startups e projetos universitários. O custo de entrada para desenvolver apps multiplataforma caiu drasticamente. Frameworks como Flutter e React Native se beneficiam enormemente desse ambiente unificado.
E o resultado? Aplicativos mais completos, mais rápidos e com menor custo de desenvolvimento.
O impacto educacional: universidades e cursos técnicos na onda
O Brasil tem mais de 10 milhões de estudantes universitários. Segundo o INEP, aproximadamente 380 mil estão matriculados em cursos de tecnologia. Com a chegada do Windows 11, muitas instituições passaram a atualizar seus laboratórios, aproveitando licenças educacionais e integração com ambientes de nuvem como o Azure Dev Tools for Teaching.
Isso significa que jovens programadores estão entrando no mercado com experiência prática em ambientes modernos, já acostumados a lidar com ferramentas que dialogam diretamente com as exigências da indústria. A ponte entre o que se aprende e o que se faz ficou menor. Muito menor.
Desafios? Claro que existem
Nem tudo são flores. A adoção do Windows 11 em larga escala ainda encontra barreiras — principalmente no setor público e em pequenas empresas, onde o hardware é mais antigo. Os requisitos mínimos do sistema (como o famigerado TPM 2.0) dificultam a atualização de máquinas mais velhas.
Além disso, a fragmentação ainda é um problema: muitos usuários ainda utilizam Windows 10, o que obriga desenvolvedores a manter compatibilidade dupla, duplicando testes e exigindo soluções mais flexíveis.
Por fim, há o fator custo: embora o sistema em si seja gratuito para atualizações, muitas ferramentas produtivas requerem assinaturas ou dispositivos mais potentes.
Uma oportunidade em transformação
Apesar dos obstáculos, a influência do Windows 11 no cenário de desenvolvimento de aplicativos no Brasil é inegável. Ele alterou a forma como apps são criados, testados e distribuídos. Fez o programador brasileiro pensar de forma mais ampla, mais integrada, mais fluida.
Estamos diante de um ecossistema onde desktop e mobile conversam como nunca antes. E o Brasil, conhecido por sua criatividade digital, está mais do que pronto para surfar essa onda.
Se o passado era sobre adaptar-se a ferramentas, o presente — impulsionado pelo Windows 11 — é sobre moldá-las ao próprio estilo de criação.
E quem dita esse estilo, agora, é o próprio desenvolvedor. De São Paulo a Manaus. De startup a freelancer. O palco está montado. E o show, só começou.