Um dos assuntos mais debatidos, controversos e que encanta e assusta muita gente ao mesmo tempo, a Inteligência Artificial veio para ficar. Ou melhor, as Inteligências Artificiais. Afinal, existem vários tipos delas. Hoje se fala em pelo menos três, que são desdobramentos de um tronco principal.
O cenário atual da IA no mundo
Relatório recente feito pela McKinsey, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, indica que o uso de IA subiu de 55% para 72% em apenas um ano em todo o mundo. Mas o grande destaque vai para a IA generativa, que é apenas parte de um dos tipos de IA. Seu uso praticamente dobrou em um ano, principalmente pelas empresas.
A IA generativa está dentro do que é conhecido como IA estreita, ou, pelo termo em inglês, Narrow AI, o NAI. Ela é o tipo mais presente em nosso cotidiano: assistentes virtuais como a Alexa, por exemplo, e o ChatGPT utilizam esta tecnologia. Além deles, chatbots e recomendações dos serviços de streaming também são feitos com IA generativa.
Contudo, a IA estreita é conhecida no meio da tecnologia como a “IA fraca”. Isso porque, apesar de ela ter como características principais o armazenamento de grandes quantidades de dados e a capacidade de realizar tarefas bastante complexas, é focada somente em desenhar para aquela tarefa para a qual foi criada.
Na prática, ela não é capaz de gerar resultados diferentes, ainda que as entradas de dados sejam as mesmas. Ou seja, ela é limitada a uma finalidade específica. Entretanto, seu desempenho é ótimo para análise de grande volume de dados e automação de tarefas, por exemplo. Também é capaz de aprender continuamente.
Conhecendo o futuro da Inteligência Artificial
Se, por um lado, a NAI é a “IA fraca”, a Inteligência Artificial geral, ou AGI, é a contraparte “forte”. Hoje, ela é tida como o tipo que tem chegado mais próximo à inteligência humana. Capaz de aprender, por meio de machine learning, através de vários estímulos, prescinde até mesmo de intervenção humana para cumprir suas tarefas.
Contudo, não é utilizada na prática, e muito desta capacidade ainda está no campo da teoria.
Ainda em desenvolvimento, especialistas enxergam ela como um futuro distante da IA. Entre suas características, estaria, inclusive, a autoconsciência. Desta forma, seria capaz de aprender através de informações visuais e auditivas, resolver problemas, pensar, e muito mais.
Além do mais, espera-se que a IA geral seja capaz de criar, entre outras atividades intelectuais essencialmente humanas. Sendo assim, poderia equipar robôs autônomos, capazes de até mesmo se adaptarem em situações completamente novas e desconhecidas. O “geral” do seu nome diz respeito a isso. Por não ser especializada em algo, pode atuar em diversas áreas.
Por fim, o suprassumo das IAs seria a Superinteligência Artificial, ou ASI. Também amplamente teórica, seria a IA capaz de suplantar a inteligência humana. Logo, capaz de resolver problemas extremamente complexos, problemas estes que os seres humanos não são capazes de encontrar soluções.
Seria uma IA dotada de emoções, capaz de até mesmo possuir convicções, crenças ou desejos. O campo das suas aplicações, por sua vez, é vastíssimo. Poderia solucionar diversos problemas, seja na área da saúde, da energia, dos transportes e da ciência de modo geral. Desta forma, traria consigo uma verdadeira revolução no modo como muita coisa é feita hoje.
Conhecer os tipos de IA é interessante para imaginar as possibilidades que a tecnologia oferece. Ainda que esteja muito presente no dia a dia da maioria das pessoas, com a tendência de ficar muito mais, a IA atual ainda “engatinha”, se comparada com seu verdadeiro potencial.